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Mais de 90% das exportações do Ceará aos EUA seguem com tarifa de 50%; veja itens afetados

  • tvplugoficial
  • 1 de ago.
  • 2 min de leitura

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A maioria (92%) dos produtos exportados pelo Ceará para os Estados Unidos será tarifada em 50%, com a sobretaxa oficializada por Donald Trump, que deve entrar em vigor em 7 de agosto


Quase todo o valor exportado no primeiro semestre de 2025 corresponde a produtos que foram sobretaxados em 40%. Isso, somado à tarifa padrão de 10% anunciada em abril, resulta em uma tarifa de 50% para a entrada dos produtos brasileiros nos EUA.


O governo estado-unidense deixou de fora cerca de 700 itens da cobrança extra, como suco de laranja, veículos, aeronaves, fertilizantes e produtos de madeira. Embora o ferro e o aço também tenham sido poupados da nova sobretaxa, esses produtos já estavam tributados em 50%, desde que uma decisão geral sobre o setor entrou em vigor em junho.

Sozinha, a exportação de ferro, aço e seus semimanufaturados correspondeu a 75% do total enviado aos Estados Unidos em 2024, totalizando US$ 417 milhões, conforme dados do Comex Stat, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.


Além do ferro e do aço, outros produtos bastante exportados pelo Ceará e sujeitos à tarifa de 50% incluem pescados, frutas, ceras vegetais (como a cera de carnaúba), calçados, couros e peles inteiras, mel e lagostas. Juntos, esses itens representam 16,11% das demais pautas exportadoras do Estado.


Produtos mais exportados pelo Ceará aos Estados Unidos terão tarifa de 50%


Tarifa deve entrar em vigor em agosto

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Medida impacta fortemente o mercado de trabalho cearense

Apenas com a diminuição de exportações de cera de carnaúba, frutas e pescados, o Estado pode deixar de comercializar cerca de R$ 1,6 bilhão para o mercado norte-americano. 


A diminuição de demanda nos mais diversos setores pode ter reflexos no mercado de trabalho, com demissões e perda de renda de produtores independentes. O economista Alex Araújo aponta que os efeitos podem ser imediatos, a partir de cancelamento de contratos por importadores norte-americanos. 


“Como resposta inicial, as empresas tendem a adotar medidas de ajuste temporário, como férias coletivas e renegociações com os trabalhadores, evitando, num primeiro momento, demissões em massa”, aponta. 

O impacto deve ser sentido de forma desigual entre os setores, atingindo de forma mais severa aqueles mais dependentes da exportação para os Estados Unidos. 


Peças de carros estão isentas, mas há indefinição sobre a castanha de caju

Entre os produtos isentos da sobretaxa que têm exportação significativa no Ceará, estão as peças destinadas a veículos de passageiros, que totalizaram US$ 4,9 milhões nos primeiros seis meses.


Há uma incerteza em relação à castanha de caju, que está entre os 10 itens com maior valor de exportação aos Estados Unidos. A lista de exceções divulgada pelo governo norte-americano isenta da sobretaxa somente as 'brazilian nuts', termo para usado a castanha-do-pará.


O documento aponta, entretanto, que todos os produtos na classificação 8 da Tabela Tarifária Harmonizada dos Estados Unidos não são atingidos pela sobretaxa, o que incluiria a castanha de caju e outros itens similares.

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